Quem casa quer casa, não é verdade? Nós vamos mais longe e ousamos dizer que quem casa, quer uma casa bem decorada e que seja um reflexo de si enquanto casal. Porém, um espaço que seja simultaneamente um refúgio para os dois e um local convidativo para receber família e amigos não se conquista num abrir e fechar de olhos. Mas felizmente também isso tem as suas vantagens porque grande parte do prazer da decoração é o próprio processo – um exercício criativo que será puro divertimento se ambos se entregarem, de corpo e de alma, à decoração da vossa casa nova.
Orçamento. Uma casa nova requer uma infinidade de coisas e, mesmo que a vossa lista de casamento tenha sido um enorme sucesso, vão continuar a faltar inúmeros objectos, desde toalhas de casa de banho, a quadros para a parede, a cortinados e candeeiros de tecto. Embora não seja necessário gastar rios de dinheiro para conseguir uma casa bem decorada, é importante estabelecer um orçamento para cada divisão. Assim, saberão onde querem e podem despender mais ou menos dinheiro e será sempre mais fácil na hora de fazer as aquisições de mobília, têxteis-lar e peças decorativas.
Prioridades. Para garantirem um quotidiano confortável e a vontade de voltarem para casa no final do dia, é importante decidirem que divisões vão decorar primeiro. No caso dos recém-casados, aconselha-se primeiro o quarto de dormir, seguido da sala e cozinha. Garantidos esses espaços, a casa já vai parecer o vosso lar, o vosso ninho, que depois devem continuar a decorar, à medida que o tempo e o vosso orçamento assim o permitir.
Pesquisa. Em vez de se limitarem a adquirir os elementos básicos para um determinado espaço – uma cama qualquer, um sofá à sorte ou uma mesa onde caibam os dois – dediquem algum tempo à pesquisa. O mundo da decoração está recheado de coisas lindas e inovadoras, por isso, façam questão de as descobrir todas, em vez de tomarem decisões precipitadas que, em poucos meses (quando já tiverem mais dentro da arte que é decorar!) se arrependerem. Vejam montras, revistas, catálogos e sites, inspirem-se e compilam, em conjunto ou em separado, uma pasta com tudo aquilo que mais gostavam de ver na vossa casa. Depois, analisem tudo e descubram onde existe sintonia e onde será necessário algum compromisso.
Estilo. Esta pesquisa inicial será um excelente investimento a vários níveis, um dos quais sendo a descoberta do(s) estilo(s) que mais apreciam e que os vai ajudar não só na aquisição de tudo o que precisam, como vos irá inspirar para tornar a vossa decoração pessoal e intransmissível. Saber exactamente o que procuram e qual o resultado final pretendido é um desafio em si próprio e cada peça conseguida será mais uma conquista… grande parte do encanto da decoração está no “ir fazendo”, ir comprando para ver o espaço a compor-se ao pouco, exactamente como sonharam.
Cores. A decoração é um mundo de formas, feitios, padrões, texturas e de cores, sendo que por vezes é tão difícil escolher uma palete de cores como uma peça de mobília ou um candeeiro. As cores contribuem para a definição de um ambiente como calmo ou jovem, divertido ou elegante e, por isso mesmo, devem ser ponderadas cuidadosamente. Peçam amostras de tintas e tecidos, experimentando-as sempre na divisão a decorar antes de tomarem decisões finais. Quando em dúvida sobre este ou aquele tom e como combinar diversas cores num só espaço, recorram à vossa pasta de inspiração.
Funcionalidade. O estilo e as cores que decidem aplicar na vossa decoração devem ter ainda em conta outro conceito importante: a funcionalidade. É essencial decidirem se querem uma casa requintada porque passam lá pouco tempo e vai servir apenas para receber visitas; ou então se preferem um espaço familiar e aconchegante, até porque pensam terfilhos muito em breve. Se o apartamento for alugado, talvez não vos convém mandar fazer móveis à medida ou então o senhorio pode não permitir pintar as paredes; por outro lado, se a casa for comprada, já não têm essas restrições e podem fazer outro tipo de investimentos.
Aproveitamento. Muitos casais trazem para a nova casa, mobília ou objectos da sua vida enquanto solteiros e, embora alguns possam enquadrar-se perfeitamente, outros podem nada ter a ver com o apartamento dos vossos sonhos. Por exemplo, quadros pintados por um de vocês no tempo da universidade ou um aparador herdado podem revelar-se uma adição original e económica na decoração do vosso ninho de amor. No caso de recordações mais “especiais”, poderão ter de entrar em negociações do género “se te livrares daquela poltrona toda velha e cheia de buracos eu devolvo a minha colecção de peluches à garagem dos meus pais”.
Cooperação. Embora um de vocês possa ter uma maior apetência ou gosto pela decoração, é fundamental que ambos participem na escolha das peças, cores e disposição da vossa casa – caso contrário, no final, um dos elementos do casal pode não sentir-se tão em casa como era suposto; pode sentir que as suas ideias não foram valorizadas e que o seu lar não é um reflexo do casal, mas sim da esposa ou do marido. O resultado podem ser discussões desnecessárias e/ou algo para ser usado contra o outro no futuro. Uma vez que a decoração da vossa nova casa se trata de um projecto tão especial e único, não vale a pena. Se o casamento é feito por duas pessoas, o vosso lar também o deve ser.
Cedências. À medida que cooperam na decoração da nova casa é natural que não estejam de acordo com todas as escolhas de tintas, da disposição do mobiliário no escritório ou do facto de um querer encher a vossa cama de almofadas e o outro desgostar tantos acessórios no mesmo local. O que fazer? Esgotar todas as hipóteses possíveis até chegarem a um consenso ou então fazerem cedências de parte a parte como por exemplo: “não me importo de ter esses sofás em pele escura no escritório se não te importares que eu decore a casa de banho de serviço num estilo mais feminino”
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